terça-feira, 21 de dezembro de 2010


Joel Parkinson estava na varanda de casa, assistindo a tudo. Na água, a poucos metros dali, Kelly Slater derrotava Adrian Buchan nas quartas de final do Pipeline Masters. O australiano caminhou então até o palanque para receber os parabéns. O resultado da bateria deu a ele o tricampeonato da Tríplice Coroa Havaiana, série de maior prestígio do surfe. Nada mal para quem voltou a competir em novembro, depois de ficar três meses parado por conta de um corte no pé direito.
Decacampeão mundial antecipado, o americano Slater teve problemas na bateria. Sua prancha quebrou na primeira onda. Logo depois, Buchan passou pelo mesmo problema. Para ele, porém, a nova prancha não ajudou. Slater tirou uma nota 8,77 em um tubo e completou a bateria com um 4,17. O australiano fez apenas 3,16 em suas duas melhores ondas. Perdeu com combinação.


A caminhada de Parko no North Shore começou depois do longo período sem poder surfar. Haleiwa foi sua primeira competição desde o incidente na Austrália, quando cortou o pé durante um treino. Na vida pessoal, o baque pela perda de um de seus melhores amigos, o havaiano Andy Irons.
Mas Haleiwa o ajudou. Voltou a surfar, voltou a vencer. Campeão da primeira joia da Tríplice Coroa, foi para Sunset e parou nas quartas - o brasileiro Raoni Monteiro levou a etapa. Em Pipeline, foi pouco ameaçado. O australiano Julian Wilson, segundo colocado, não recebeu convite para competir.
Parko perdeu na terceira fase, mas viu o australiano Mick Fanning, outro que ameaçava, cair também. Bastava agora torcer contra Buchan. Slater deu a ajudinha que faltava.

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